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Archive for dezembro 2010

[Top 5] Músicas em 2010

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Todo final de ano é o mesmo lenga-lenga: listinhas, ranques e essas besteirinhas que o ser humano adora fazer. Me incluo nessa parte torpe. Freud me entenderia, e acredito que ele também deveria fazer listinhas, se estivesse vivo. Imagino-o fazendo um top 5 de casos perdidos. Charles Manson e Justin Bieber despontariam no pódio. Como o assunto não é psicanálise nem música ruim, eis a minha lista de músicas mais ouvidas em 2010, segundo o Last.fm. Para ela, o único critério é não repetir artistas. Vamos lá:

5) Refused – New Noise (80 plays)

Refused é legal pelo simples fato de ser punk, sujo e pesado sem escorregar pra uma sonoridade óbvia. New Noise embala na podreira e na parte calma e levada. Esse equilíbrio é legal. Amacia pra depois bater. E clamam: “tragam de volta o movimento!” Maestral.

4) The Fall of Troy – F.C.P.R.E.M.I.X. (84 plays)

Demência. Dá pra resumir muito bem esse som, dessa forma. Dizem que essa música é uma das mais difíceis do Guitar Hero. Tocar ela na guitarra-de-verdade é algo pra poucos, também. Mais difícil é tocar e cantar, tudo ao mesmo tempo, e é isso que o guitarrista e vocal Thomas Erak faz. Ou melhor, fazia. A banda se diluiu em meados do início do segundo semestre desse ano. Triste perda.

3) Jamiroquai – Space Cowboy (102 plays)

A música tem 17 anos. Eu mal sabia escrever, mas talvez ela esteja inserida no meu subconsciente infantil da época. Bastou um raro momento em ligar a rádio do carro pra relembrar desse clássico. Groovezeira braba. Daquelas de botar no som do carro e clipar os alto-falantes.

2) R.Sigma – O Mito do Insubstituível (132 plays)

Bendito dia em que o Lipe, no final do ano passado, sacou meu próprio celular e me mostrou esses rapazes cariocas. Tudo na wi-fi do Arco da Redenção. Tem um dos álbuns mais coesos que eu já ouvi. O instrumental é muito bem trabalhado. Não sobra nota. Em meio a tanta música-de-balaio, é bom saber que as canções de amor podem ser bonitas, sinceras e correrem longe da pieguice. Vale o repeat.

1) Circa Survive – Get Out (137 plays)

Essa banda é inexplicável. Lançou 1 álbum e 1 EP nesse ano. Me viciei nos dois. Essa música é típica daquelas de ouvir sem parar em 12, 24, 36, 100 meses seguidos. Toda vez que toca, presto atenção em cada segundo. Ainda não consegui enjoar da canção, sequer das notas agudíssimas e infantis do Anthony Green. Há quem não goste de um timbre tão agudo. Mas o que o Circa Survive faz é encantador.

Written by Cisco

dezembro 14, 2010 at 11:10 am

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Written by Cisco

dezembro 10, 2010 at 3:33 pm

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A década

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Estamos quase no fim da primeira década do século. Ou, como os doentes por séries, a S21E01 tá acabando. Logo, a nostalgia se faz necessária, mas a memória anda fraca pra acontecimentos tão distantes. Eis algumas coisas que eu (ainda) lembro do início do século:

1) O Ronaldo Fenômeno ainda era Ronaldinho. Ele era pequeno, jovem, magro e careca. Todo mundo queria ser um Ronaldinho, na quadra, na rua, na vida. O cara era um desgraçado na bola. Não que ainda não seja, mas era um ídolo. Daqueles de botar pôster na porta do quarto, da figurinha dita premiada. Poucos anos depois, um outro Ronaldo despontava no time titular do Grêmio. O Ronaldo, que era Ronaldinho, virou Ronaldo. E o Ronaldo, o de cabelo comprido, virou Ronaldinho. Ronaldinho Gaúcho. O Brasil era o país dos Ronaldos.

 

2) O pagode bagaceiro era tendência. Bagaceiro, mas sério. Os sambistas e pagodeiros ainda eram solitários apaixonados, não uma dúzia de moleques que recém aprenderam a tocar cavaco. E era a música predominante. Seja nas festas infantis (vulgo Reuniões Dançantes), nas festas de família, nos bailes de debutante, nos bailes da terceira idade, nos bailes bailes. Com o pagode, surgiu a água oxigenada fator 320 e os loiros aguados. Todo mundo queria ser meio surfista, meio europeu. Mesmo que da testa pra cima.

 

3) O Super-Nintendo era uma febre. Não tão caro quanto os video-games de hoje em dia e a permuta de fitas rolava solta. Da época em que o sono não incomodava depois das 4 da manhã e o Top Gear 3000 era o “ouro do besouro”. Ou então as fases chatas na água do Mario, ou a dificuldade extrema do Battletoads. Não pegou? Sopra a fita. E não esquece de mudar a chavezinha pro canal 3, que o 4 não pega. Discordá pra ver quem fica com o controle um.

 

4) O Bug do Milênio foi a primeira pandemia virtual. Isso porque algum idiota nerd disse que os computadores iriam voltar pra 1900, no início da década. E os meus programas shareware? E meus documentos com cabeçalhos auto-datáveis do Wordpad? Oh meu deus, será que vão pensar que tenho cento e poucos anos de idade lá no meu trabalho? Pura bobagem. Ninguém (ou quase ninguém) foi afetado com isso. Mas pouca gente dominava o funcionamento de um computador. Vai que ele explodisse, sei lá…

 

5) O Bloodhound Gang tocava massivamente nas rádios. Ou seja:

FAZ TEMPO PRA CARALHO.

Written by Cisco

dezembro 7, 2010 at 1:29 pm

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